segunda-feira, 12 de julho de 2010

HOMENAGEM À EZEQUIEL NEVES "ZECA JAGGER"

É com muita tristeza, que eu, mais um dos orfãos do grande produtor, crítico, jornalista, cronista, guro e o caralho Ezequiel Neves homenagea esta grande pessoa que faleceu no dia 7 de julho de 2010. Por coincidência ou não, Zeca faleceu no mesmo dia da morte do seu parceiro musical Cazuza, respectivamente 20 anos após sua morte.




Zeca Jagger, como gostava de ser chamado, começou sua carreira no ano de 1975 quando conheçeu a banda paulista Made in Brazil, que inclusive foi produtor de dois disco do Made. Logo o grande lider incontestavel do Made in Brazil, Oswaldo Vecchione o convida para dirigir os shows do Made. Ezequiel nega e diz que o que ele quer mesmo é fazer back vocals. Mas para não atrapalhar a banda ele cantava com o microfone desligado. Na mesma época a guitarrista Lucia Turnbull também fazia algumas participações no Made.

Em 1979, Guto Graça Melo chamou Ezequiel para trabalhar em sua equipe.Na Som Livre ele ajudava na produção de Elizeth Cardoso, e produziu Caubi Peixoto. Logo deixa a Som Livre...
Já em 1982 Ezequiel é novamente contratado pela própria Som Livre, foi ai que caiu em suas mãos um fita do grupo Barão Vermelho que pegou do Leonardo Neto (hoje empresário de Marisa Monte e Adriana Calcanhoto).
Leonardo e Nelson Motta iriam fazer uma coletânia, mas depois de ouvir a fita do Barão Ezequiel disse: " Isso é um disco inteiro. O grupo é ótimo, é diferente". Eles tocavam rock de verdade. Era uma coisa muito violenta. Só que o problema é que Cazuza era o filho do dono da empresa... A própria Rita Lee dizia: " O Ezequiel Neves deu o golpe do baú, foi inventar que o filho do dono da empresa é cantor e compositor". Zeca estava fazendo um escândalo, mas ele adorava... Logo na década de 90 Ezequiel conheçe Cássia Eller que também acabou-lhe produzindo.


PARTICIPAÇÃO DE EZEQUIEL NEVES COM O MADE IN BRAZIL


Zeca produziu dois discos do Made in Brazil, com o auxilio do lider incontestável Oswaldo Vecchione.




- JACK, O ESTRIPADOR - Lançado pela RCA em 1976 em formato de LP








- PAULICÉIA DESVAIRADA - Lançado pela RCA em 1978 em formado de LP

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

MADE IN BRAZIL E SUAS CURIOSIDADES...



MAQUIAGEM - DE: MADE IN BRAZIL PARA: KISS e SECOS E MOLHADOS.


O Made in Brazil também participou de um programa de televisão, o Papo Pop da TV Record. Nesse programa, a banda se apresentava com maquiagem pesada, e reza a lenda que a tal maquiagem inspirou não só os Secos & Molhados, de Ney Matogrosso e João Ricardo, como também o Kiss de Paul Stanley e Gene Simmons.
A maquiagem com a qual Oswaldo se apresentava era o rosto todo branco, com uma estrela roxa no olho, enquanto Paul Stanley do Kiss usava o mesmo modelo, apenas com a troca de cores, de roxo para o preto. Outra cópia descarada da banda norte-americana foi a réplica de um tanque de guerra nos shows, que servia de suporte para a bateria.


MADE IN BRAZIL + SAMBA?





Sim é verdade!,entre o período de criação da banda, e o primeiro disco, o Made in Brazil, tocou como banda de abertura para os Mutantes no Parque do Ibirapuera no aniversário de São Paulo. O Made também apresentou um cover de Sympathy for the Devil, dos Rolling Stones com uma bateria de samba da Escola Mocidade Alegre da Casa Verde de São Paulo. A versão durou 20 minutos e levou o público ao delírio total!

domingo, 2 de agosto de 2009

ROADIE, O QUE FAZER SEM ELES?


Serginho e Ayala (Roadies do Made in Brazil)

Ser roqueiro no Brasil dos anos 70 significava ter de se virar com o que se tinha à mão, tamanha a precariedade da situação. “Não tinha esse lance de roadie. A gente chamava os amigos para verem o show e eles acabavam levando o equipamento. Coitados!” , relembra o saxofonista Manito, ex-Som Nosso de Cada Dia e atual Os Incríveis. Havia também uma rivalidade “sadia”. Todo mundo era camarada, mas quem tinha o melhor equipamento teoricamente era melhor”, confessa Rolando Castello Junior, baterista do Patrulha do Espaço. Outra dificuldade estava na divulgação das músicas e de novas bandas. “Não existia essa indústria do videoclipe, Internet, revistas especializadas. Para arrumar os discos era um trabalho de garimpo”, diz Oswaldo Vecchione. O guitarrista Luís Sergio Carlini, do Tutti Frutti, também lembra do sofrimento. “Quando um cara comprava uma guitarra, iam uns dez lá na casa dele pra ver... um encordoamento, então, era disputado na base da faca!”, conta.
“Quando tocávamos múscias mais lentas como “Rosa de Hiroshima”, o publico tinha de ficar em silêncio. Senão, ninguém escutava”, conta Gerson Conrad. Se faltava grana para equipamentos – que na maioria eram importados ou caseiros – e uma mídia especializada, sobrava talento. “ De certa forma, essa dificuldade nos levou a montar equipamentos, experimentar, pesquisar... bem diferente de hoje em dia”, enfatiza Arnaldo Baptista.
E com certeza, o que seria dessas bandas de hoje em dia sem o tal dos roadies? Sem eles nada funciona! E um grande exemplo disso se resume em um só homem, em um só mentor, o grande roadie do Made in Brazil, o nosso grande amigo e companheiro, o Paraguaio mais brasileiro que eu conheço, o grande e único AYALA! Esta é minha simples homenagem a grande base dos shows do Made! Repleto de carisma e Rock ‘n Roll. O verdadeiro mestres dos roadies!


Luiz Carlini (guitarrista do Tutti Frutti)

Manito (ex-Casa das Máquinas e atual Os Incríveis)



Mestre dos roadies, Ayala (Roadie do Made)

EMERGINDO DO ROCK 'N ROLL

Oswaldo Vecchione (um dos fundadores e líder do Made in Brazil)


O mestre Oswaldo Vecchione, num ato de heroísmo, vem tentando resgatar o Rock brasileiro setentista com um show intitulado “Heróis do Rock”. O projeto tem rodado a Brasil desde 1998, sobretudo no Sul, e diversas bandas tem participado com o Made in Brazil: Patrulha do Espaço, Bixo da Seda, O Terço, Pholhas, Secos e Molhados, Tutti Frutti, Som Nosso de Cada Dia, Blindagem, Humahuaca, Sangue da Cidade e Terreno Baldio. Oswaldo promete registrar os shows num CD, a ser lançado pelo seu selo, o Made in Brazil Records. E está lutando para relançar preciosidades do Rock nacional. “Acho que os próprios músicos derrubaram o Rock nacional, deixando sempre de comentar sobre outras épocas. Hoje tem molecada achando que o Rock começou nos anos 80. Enquanto isso, lá fora, todos reverenciam as bandas antigas”, lamenta o baterista do Patrulha, Junior. E o mestre Arnaldo Baptista dá a deixa: “Meu irmão, Sérgio Dias, colocou uma frase numa música para mim. Num trecho diz ‘no surrender’ (não se renda). Isso sempre vem na minha cabeça. Não vou abandonar o que defendo”. Tá aí a filosofia de uma geração em que roqueiro brasileiro tinha cara de bandido.


Arnaldo Baptista

Rolando Castello Júnior (Baterista do Patrulha do Espaço)

FRUTO PROIBIDO...


Disco Massacre do Made in Brazil censurado em 1977

Como se não bastasse, o País vivia, na época, sob uma terrível ditadura militar. E o Rock era um dos alvos prediletos dos generais. “ Tive de justificar muitas letras na polícia federal. Fiz uma música em homenagem a minha filha e eles censurara. Alegaram duplo sentido!”, testemunha Oswaldo. “ Lembro de um dia em que comecei a reparar em dois caras me observando de binóculo, em frente meu apartamento. Eles ficavam dias... pô aquilo incomodava!”, desabafa Gerson Conrad. Outro ex-SEM, João Ricardo, teve diversas músicas censuradas, como a inédita “Tristeza Militar”. Ele relembra que o sucesso estrondoso e o visual – por incrível que pareça – ajudaram o Secos e Molhados a escapar da fúria dos militares. “O censor tentava recriminar, ai ver o show e gostava... Devido aquele visual, as crianças e as esposas deles adoravam a banda. Como o cara ia fazer!?” ironiza. “Eles tiravam discos das lojas. Letra tinha de ser mais leve, se não barravam”, lamenta o cantos e guitarrista Sergio Hinds, d’O Terço.
Muitos criaram táticas para driblar a censura, como Raul Seixas, que camuflou o significado real de suas letras por meio da ironia. Mesmo assim, foi preso, torturado e exilou-se para não morrer. No Brasil dos anos 70, o Rock sobrevivia como podia.


Sergio Hinds (guitarrista do grupo O Terço)



Gerson Conrad (ex-Secos e Molhados)

QUEM É ELE? ESSE TAL DE ROCK 'N ROLL


Golpe de Estado

A história do Rock nacional dos anos 70 é muito rica musicalmente – mas, infelizmente, anda meio esquecida. Longe de ter sido um modismo ou uma mera cópia – como muitos alegam – o Brasil foi um celeiro de bandas e sons memoráveis que são descobertas fundamentais para os roqueiros de hoje.
Foi no fim dos anos 60 e ao longo dos 70 que o Rock brasileiro viveu um de seus períodos mais férteis e subestimados. Inspirados pelo surgimento de bandas seminais como Led Zeppelin, Deep Purple e Cream, os roqueiros Brasileiros embarcavam numa viagem sonora ensurdecedora, caindo no gosto popular. A produção roqueira extrapolou durante a década de 70, deixando todo um legado a ser (re) descoberto pelas novas gerações: O Terço, O Peso, Casa das Máquinas, Som Nosso de Cada Dia, Bixo da Seda, A Bolha, Veludo, Joelho de Porco, Patrulha do Espaço, Terreno Baldio, A Chave, Lee Jackson, Vímana, Humahuaca, Blindagem, Sangue da Cidade, Moto Perpétuo (onde tocava o cantor Guilherme Arantes), Módulo Mil, Soma, Barca do Sol,... sem contar com os mais conhecidos, como Secos e Molhados, Raul Seixas, Os Novos Baianos, Mutantes, Made in Brazil e Rita Lee na fase pré-Roberto de Carvalho.


Vímana
Di Castro e Sangue na Cidade

quinta-feira, 30 de julho de 2009

HOMENAGEM AOS MÚSICOS QUE PARTICIPARAM DA "GANGUE" MADE IN BRAZIL, E HOJE EM DIA TOCAM NO CÉU...

DÉBORAH CARVALHO (o lado vermelho, bonito e charmoso do Made in Brazil):



Déborah M. T. de Carvalho Vecchione

*28/07/1962 - + 07/01/2009




VOCÊ É MEU SOL
(Oswaldo "Rock" Vecchione e Julio "Juju Blues" Ribeiro) - Disco: "Rock de Verdade"



QUANDO O DIA AMANHECE
E OS RAIOS DE SOL VEM ME ACORDAR
EU LEVANTO E ABRO A JANELA
E DEIXO O SOL ENTRAR...
O DIA ESTÁ LINDO
E ESTOU FELIZ
ODIA ESTÁ LINDO
E VOCÊ SORRI...
PRÁ MIM, PRÁ MIM, PRÁ MIM,
SÓ PRA MIM, VOCÊ SORRI
É BOM MORAR NO CAMPO
E TER UM CANTO PRA TE ACOLHER (2X)
VOCÊ É TÃO BELA
É PRIMAVERA
SEU CABELO VERMELHO
É TÃO LINDO, COMO O AMANHEÇER...


VOCÊ É MEU SOL, VOCÊ É MEU SOL,
VOCÊ É MEU SOL
E EU SOU FELIZ...





Bá e Déborah (Show do dia 20/12/2008 em São Carlos SP)





Oswaldo, bá e Déborah (Show do dia 20/12/2008 em São Carlos SP)




ESTA DUAS FOTOS ACIMA SÃO DO ÚLTIMO SHOW DE DÉBORAH CARVALHO NA CIDADE DE SÃO CARLOS-SP NO DIA 20/12/2008, NO ARMAZEM BAR.





WANDER TAFFO:








Wanderley Taffo Júnior

*17/05/1954 - +14/05/2008


O Brasil se despediu na última quinta-feira de Wanderley Taffo Júnior (foto), popularmente conhecido como Wander Taffo. Nascido em 17 de maio de 1954, Taffo iria completar 54 neste sábado. Considerado um dos maiores guitarristas do país, Wander Taffo estourou na década de 80, com a banda Rádio Táxi, fazendo muito sucesso com a música ‘Eva’. Taffo também tocou em bandas como o Made in Brazil, Joelho de Porco, Secos e Molhados, Gang 90, além de acompanhar vários artistas, como Roberto de Carvalho e Rita Lee. Atualmente Taffo era um dos sócios da EM&T – Escola de Música e Tecnologia, na capital paulista (fundada em 1997 com o nome de IG&T – Instituto de Guitarra e Tecnologia), e considerada a maior escola de música da América Latina. Além disso, Wander Taffo era bastante conhecido e considerado por publicações internacionais, como a Guitar Player, considerada uma das melhores revistas especializadas no mundo. Segundo informou a acessória de Taffo, no último sábado ele havia sentido dores abdominais, sendo submetido à exames de eletrocardiograma e ecocardiograma, não sendo detecdado nenhum problema. Mesmo assim os médicos solicitaram novos exames. Na manhã de quinta-feira (14), o músico, paulistano da Pompéia, saía de sua casa para realizar tais exames, quando sofreu uma parada cardiorespiratória diante de sua esposa, que culminou em sua morte. Wander Taffo era conhecido por manter seu visual de ‘Herói da Guitarra’ com seus longos cabelos e inseparáveis óculos escuros. Participava de projetos sociais, distribuindo agasalhos e alimentos para moradores de rua do centro de São Paulo. Porém Wander Taffo não queria sensacionalismo em cima destes projetos, então pedia para que as ações fossem creditadas à EM&T.A primeira banda de Taffo, ‘Memphis’, formada em 73 costumava tocar em bailes, mas não chegou a vingar. Nos anos 80 ingressou na Rádio Táxi, que fez muito sucesso com músicas como ‘Amor de Verão’ e ‘Garota Dourada’. Depois disso, deixou a banda para seguir carreira solo, sendo acompanhado pelos irmãos Andria e Ivan Busic, lançando o disco “Wander Taffo”. O tecladista Marcelo Souss chegou para fazer parte desta brincadeira, nascendo assim a Banda Taffo, que chegou às paradas de sucesso com o disco “Rosa Branca”, tendo como grandes sucesso as faixas “Me Dê Sua Mão” e “Sonhos Rock n’ Roll”. Taffo tinha planos para reunir novamente a banda em 2008, planos que foram interrompidos pela sua morte. Taffo recebeu o prêmio Sharp de Música, na categoria ‘Revelação Pop Rock Masculino’, pela gravação de um solo em Los Angeles, no ano de 1989. A morte prematura de Wander Taffo abre uma enorme lacuna no mundo da música brasileira. Com seu bom humor, dedicação e talento indiscutível, Taffo inspirou e influenciou milhares de músicos, nos mais diversos estilos. O corpo de Wander Taffo foi velado e sepultado no Cemitério do Araçá, no Sumaré (Zona Oeste de São Paulo). Ele deixou a mulher Mônica Lima, 37, e dois filhos (Lívia, 26, e Lucas, 13).




Um dos mestres da guitarra no Brasil e no mundo...






O homem, a guitarra e o bom e velho Rock 'n Roll



ESTA É UMA SIMPLES HOMENAGEM AOS DOIS MÚSICOS QUE FIZERAM PARTE DA BANDA MADE IN BRAZIL, E QUE NOS DEIXOU ENTRE 2008 (WANDER) E 2009 (DÉBINHA).